| 11/06/2003 21h31min
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, se pronunciaram sobre o ataque terrorista desta quarta, dia 11, que matou 16 pessoas no centro de Jerusalém e o contra-ataque israelense na Faixa de Gaza. Arafat condenou a ação suicida – assumida pelo grupo extremista Hamas – , mas também criticou Israel pela retaliação.
Depois do ataque palestino desta quarta, Israel lançou um ataque com mísseis que matou dois militantes do Hamas e cinco pedestres na Faixa de Gaza.
– Condeno fortemente o ataque terrorista contra israelenses civis hoje em Jerusalém. Também condeno a operação (israelense) que ocorreu em Gaza e outras operações em que civis palestinos foram mortos e feridos – disse Arafat num pronunciamento na TV, no qual pediu o fim da violência entre palestinos e israelenses.
Já o primeiro-ministro Ariel Sharon disse que Israel continuará a perseguir militantes palestinos "com toda sua capacidade", ao mesmo tempo em que fará "todo esforço" para prosseguir com as negociações de paz com os palestinos. Sharon acrescentou que Israel está "profundamente comprometido em fazer todo esforço para o avanço do processo diplomático, o qual esperamos trará tranquilidade e, com a ajuda de Deus, paz".
– O Estado de Israel perseguirá com toda sua capacidade os grupos terroristas palestinos e seus líderes – afirmou Sharon em um discurso.
Em Ramallah, o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, pediu que os militantes palestinos e Israel suspendam todos os ataques e afirmou que devem ser tomadas medidas imediatas para implementar um plano de paz apoiado pelos Estados Unidos.
– Para conter essa deterioração, é preciso que todas as partes se comprometam com um cessar-fogo e com o fim da violência e iniciem esforços sérios para implementar o mapa da paz – disse um comunicado divulgado pelo gabinete de Abbas.
O presidente norte-americano, George W. Bush, também se manifestou sobre a crise no Oriente Médio, incentivando os países do mundo a fazer tudo o que estiver a seu alcance para acabar com a violência entre israelenses e palestinos.
– Peço a todo o mundo livre, países que amam a paz, a não apenas condenar as mortes, mas também a usar todo o seu poder para impedir que elas aconteçam no futuro – disse.
As informações são da agência Reuters.
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